Vem e suga meu sumo
Toca-me vertigem
Adoça-me ao desesperar
Me humilha, ao me abandonar
Maravilha, vendo toda a vida
Num olhar de escotilha
Vem, me desperdiça
Me vende
Mas tem que bater e apanhar
Marcar
Ser o inferno e o meu bebê
Que dorme e baba
Adorar o teu imperfeito óbvio
Que me desafora
Vem, me cobre de medo
De te perder
Transborde em mim
No que eu lhe derreter
Vem, mas venha decidida e má
Me olhe, e não desvie o olhar
Dinamitando o meu ar
Vem, que não aguento te esperar
Venha, meu delírio
Sede tua, sem razão
Vem pra me assustar
Mãe dos meus filhos
Brinca no meu labirinto
Fiz todo pra ti
Venha contra o mundo
Vamos nos expandir
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Sampa Nua
Tais ruas, cultura tua
Me encanta, flutua em dança
Retro-vícios, sua inanimada grua
De quem se cansa
Esperança, da fração tua
Que me alcança
Vai-te sampa de minhas solas
Contornas concórdias, implode em hitória
Contadores de tais trovas
Não me importa sua corsa-escória
Sua gente tangente
Das esmolas
Sua intrínsica doutrina
Aos Quasímodos, nati-morta
Do que ainda restou, traz-me
Um pouquinho, um quase nada
Que meu toque sentiu e gostou
E a toda prova resiste
Platônica forma de atração
Que me insiste
Vou, mas não te largo
Voo e no voo
Te vejo nua
Do espaço
Me encanta, flutua em dança
Retro-vícios, sua inanimada grua
De quem se cansa
Esperança, da fração tua
Que me alcança
Vai-te sampa de minhas solas
Contornas concórdias, implode em hitória
Contadores de tais trovas
Não me importa sua corsa-escória
Sua gente tangente
Das esmolas
Sua intrínsica doutrina
Aos Quasímodos, nati-morta
Do que ainda restou, traz-me
Um pouquinho, um quase nada
Que meu toque sentiu e gostou
E a toda prova resiste
Platônica forma de atração
Que me insiste
Vou, mas não te largo
Voo e no voo
Te vejo nua
Do espaço
sábado, 10 de outubro de 2009
Oca
Segure a minha mão
O tempo já se exclúi
E não pude mudar minha decisão
Só não me morda
Mas segure forte, por que o mundo vai balançar
Não solte a minha mão
Ando pensando, aqui e ali
Se é o mundo um desencontro
Um planeta ou uma bola, que brilha
Uma estranha atmosféra, um vulto opaco, e um paraíso
Ruma incerta, e é o Sol que lhe segue
Se não se auto destrói
Vão tirar tudo debaixo da Terra
Traz cá pra cima, deixa oco, desconstrói
Inumeras guerras
Inúmeras danças
Inúmeras plantas
Esta tudo fora de controle, como eu gosto
set/09
O tempo já se exclúi
E não pude mudar minha decisão
Só não me morda
Mas segure forte, por que o mundo vai balançar
Não solte a minha mão
Ando pensando, aqui e ali
Se é o mundo um desencontro
Um planeta ou uma bola, que brilha
Uma estranha atmosféra, um vulto opaco, e um paraíso
Ruma incerta, e é o Sol que lhe segue
Se não se auto destrói
Vão tirar tudo debaixo da Terra
Traz cá pra cima, deixa oco, desconstrói
Inumeras guerras
Inúmeras danças
Inúmeras plantas
Esta tudo fora de controle, como eu gosto
set/09
A Soma dos Excluídos
No Rio que eu vivo
Eu vejo coisas que não entendo
No Rio do Rio mais real, que o Rio triunfal
Há o Rio do Rio que é podre, triste e mau
Há no Rio que descubro realidades que me doem
E matam o bem querer que há em mim
Há muito mais do que imaginas, se o Rio que lhe chega
É o das páginas das revistas, fantasiosa realidade, filha da puta e maldita
Rio, onde os trabalhadores merecem tiros
São pobres... e sonhadores de seus direitos, furtivos
Rio, que eu desejaria na minha mais maligna perversidade destruír
Seus políticos boçais e eternos, e policiais legitimados pelos infernos
Rio, preciso te dizer, Rio abaixo de meus pés
Seus filhos não se entendem, andam se matando, há uns poucos bons em fuga pelos bordéis
Capital mundial da putaria santificada, por igreja e mídia forçada, doem na cabeça sacrificada
Rio outrora belo, que enterres todo elogio nessa chorosa mágoa
Enquanto bater, chutar e forjar gostar de teus retíntos que se movem por trens
Vou querer fugir, e continuarei a odiar, os esquemas que tens
A beleza restrita a sua classe de auto-convícta nobreza, Rio, você acabou
Banal em violência e tragédias mórbidas, fique com seus zumbis errantes em inglórias
Que se atropelam, se desprezam, pequenas cabeças de merda pulsante
Não tolero nem mais um instante esse modo de vida, de achar desculpas para tudo
Arrogante, desejo-lhe um foda-se bem grande
A ti, e aos que não gostaram do que leram até o instante
Vivam pois, com suas sub-rações e pseudorezas, com suas ruas de lixo e de flores sem terras
Vivam boiando se sentindo numa quase paris.losangeles.lisboa.recife.londres
Que digo-lhe, não és, não tanges
Sei que não me expresso bem e que sou claro até demais, anseios duplos, os tais
Estudantes, governantes, intelectuais, artistas, pais de família, ignorantes marginais
Vou te buscar Rio, no mais profundo, tenso e sinistro, obscuro submundo
Onde dia após dia sua massa de heróis ruma, a sacodir, ao destino de trabalhar
Sem ver belezas, dinheiro, ou mínimo indício de orvalho
Abraçam-te Rio com os próprios braços
Não os de cimento, esse é gesto fácil
Mas com músculos que se esvaem ao tempo
Fibras do cansaço
Rio, não sei se você vai me entender
Mas o melhor de ti, está por se desvelar
Já existe, sufocado, quase morto sem ar
Afoga Rio, teus filhos imundos no teu mar
Afaga no peito, a soma
De teus excluídos
Que ruma obediente
E que insiste em te amar
09/10/09
Eu vejo coisas que não entendo
No Rio do Rio mais real, que o Rio triunfal
Há o Rio do Rio que é podre, triste e mau
Há no Rio que descubro realidades que me doem
E matam o bem querer que há em mim
Há muito mais do que imaginas, se o Rio que lhe chega
É o das páginas das revistas, fantasiosa realidade, filha da puta e maldita
Rio, onde os trabalhadores merecem tiros
São pobres... e sonhadores de seus direitos, furtivos
Rio, que eu desejaria na minha mais maligna perversidade destruír
Seus políticos boçais e eternos, e policiais legitimados pelos infernos
Rio, preciso te dizer, Rio abaixo de meus pés
Seus filhos não se entendem, andam se matando, há uns poucos bons em fuga pelos bordéis
Capital mundial da putaria santificada, por igreja e mídia forçada, doem na cabeça sacrificada
Rio outrora belo, que enterres todo elogio nessa chorosa mágoa
Enquanto bater, chutar e forjar gostar de teus retíntos que se movem por trens
Vou querer fugir, e continuarei a odiar, os esquemas que tens
A beleza restrita a sua classe de auto-convícta nobreza, Rio, você acabou
Banal em violência e tragédias mórbidas, fique com seus zumbis errantes em inglórias
Que se atropelam, se desprezam, pequenas cabeças de merda pulsante
Não tolero nem mais um instante esse modo de vida, de achar desculpas para tudo
Arrogante, desejo-lhe um foda-se bem grande
A ti, e aos que não gostaram do que leram até o instante
Vivam pois, com suas sub-rações e pseudorezas, com suas ruas de lixo e de flores sem terras
Vivam boiando se sentindo numa quase paris.losangeles.lisboa.recife.londres
Que digo-lhe, não és, não tanges
Sei que não me expresso bem e que sou claro até demais, anseios duplos, os tais
Estudantes, governantes, intelectuais, artistas, pais de família, ignorantes marginais
Vou te buscar Rio, no mais profundo, tenso e sinistro, obscuro submundo
Onde dia após dia sua massa de heróis ruma, a sacodir, ao destino de trabalhar
Sem ver belezas, dinheiro, ou mínimo indício de orvalho
Abraçam-te Rio com os próprios braços
Não os de cimento, esse é gesto fácil
Mas com músculos que se esvaem ao tempo
Fibras do cansaço
Rio, não sei se você vai me entender
Mas o melhor de ti, está por se desvelar
Já existe, sufocado, quase morto sem ar
Afoga Rio, teus filhos imundos no teu mar
Afaga no peito, a soma
De teus excluídos
Que ruma obediente
E que insiste em te amar
09/10/09
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Fazendo Nada
O poeta tem que ser solto
Tem que desgovernar pensamentos
O poeta tem que ser livre
Tem que desdizer o posto dito
O poeta tem que soltar os cães
Tem que multiplicar vãos tormentos
O poeta tem que confundir argumentos
Tem que amar e desamar
O poeta tem que se perder em fragmentos
Tem que engolir sentimentos
O poeta tem que escrever pra não ser lido
Tem que negar tudo que digo
O poeta tem que se acabar e acabar-se em si
Ou fazendo nada ou algo bonito
03/03/2009
Tem que desgovernar pensamentos
O poeta tem que ser livre
Tem que desdizer o posto dito
O poeta tem que soltar os cães
Tem que multiplicar vãos tormentos
O poeta tem que confundir argumentos
Tem que amar e desamar
O poeta tem que se perder em fragmentos
Tem que engolir sentimentos
O poeta tem que escrever pra não ser lido
Tem que negar tudo que digo
O poeta tem que se acabar e acabar-se em si
Ou fazendo nada ou algo bonito
03/03/2009
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Animalzinho Errante
Vou me limitar a rastejar pelas ruas
A encontrar, sem medo, dicotomias tuas
Vou preservar meu tempo, ilusão maior meu momento
E gastar esforços para o que não vou ser
A quem quer que seja
Que me leia ou que me veja
To esperando um canto
Mas talvez não esteja vivo, nem seja humano, quem o diga, santo
E pois como estou, apático, inapto
Sinto que vomito por dentro de mim mesmo
Quero colo de irmã, e te ver nos sons de Amsterdã
Vou-me embora,mas fica você, aqui e agora
Vou indo, despedida não demora
Me espera anjo tão mais mortal, de uma outra pátria
Quero ir sozinho, sem destino, sem vanglória
Ir, pois há qualquer submundo que me espere
Travado, Outubro deflagra, meu cerne
Nove meses para que eu renasça em ventre próprio
Quero morrer de amor ou frio, vou e me crio
Mas não fico, para te ver de novo, em espelhos e reflexos
Estarei completo, entre abutres e lixos diversos
Não quero, seu mundo eu não quero
Daqui já vou indo, um tipo de animalzinho errante
Que só quer engolir o mundo e ver o tem adiante
01/10/09
A encontrar, sem medo, dicotomias tuas
Vou preservar meu tempo, ilusão maior meu momento
E gastar esforços para o que não vou ser
A quem quer que seja
Que me leia ou que me veja
To esperando um canto
Mas talvez não esteja vivo, nem seja humano, quem o diga, santo
E pois como estou, apático, inapto
Sinto que vomito por dentro de mim mesmo
Quero colo de irmã, e te ver nos sons de Amsterdã
Vou-me embora,mas fica você, aqui e agora
Vou indo, despedida não demora
Me espera anjo tão mais mortal, de uma outra pátria
Quero ir sozinho, sem destino, sem vanglória
Ir, pois há qualquer submundo que me espere
Travado, Outubro deflagra, meu cerne
Nove meses para que eu renasça em ventre próprio
Quero morrer de amor ou frio, vou e me crio
Mas não fico, para te ver de novo, em espelhos e reflexos
Estarei completo, entre abutres e lixos diversos
Não quero, seu mundo eu não quero
Daqui já vou indo, um tipo de animalzinho errante
Que só quer engolir o mundo e ver o tem adiante
01/10/09
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