sábado, 28 de março de 2009

Hermanos

Nem nossas vidas que se tocam
Nem todo desentendimento
Nada, de nenhum momento
Estará a frente do que eu vivo com vocês

Destas ruas trancadas pela história
De cachoeiras pacíficas e de mares atlânticos
Tudo que construimos e contruiremos
De cá, coração meu tão aberto, começo, recomeço

Como em todos os dias que me flerto, aberto
Com o tempo que contempla, completo
A nossa vontade

Ao que entendo, no nosso mundo, na hera do anormal noturno
Rodo o mundo, mundo que delato
Terra, que sobre si mesma, se dilata

Contemplação da esfera minha, sozinha

Niemeyeres

Sobem, muitos goles
Me retorna uma enorme lembrança forte
Na noite que rompe, de tudo, rosto e nome
Se consome
Coquitel Molotov, religo o meu Engov

Bolso, fruto, fluxo
Dilemas, poemas, tormentas
Abraços, exatos, contatos
E o calor, o arrepio, noite cega

Sou quem me crio
Sonares de heterogenia
Tantas são as lapas
Guardam noites de amores, as praças

Reclinam olhares de fotógrafos, regatos
Brasil de climas cifrados
Guarda e deixa dormir tuas praias em sono leve
Encoraja-o, porque seu povo, de misturas

Com fome, sorri tudo que pode
São simples
E bela gente
Niemeyeres aos máximos


(16/03/09)