segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Por do Sol

Há dias que essa tal música me canta
Para contar de meus últimos dias
Haveria dias de sol demais
Meninas que dançam, mergulhos, haveria carícia

Meninas lindas me acompanham
São leves os companheiros com quem vagueio
E temos tardes que não correm tempo ou dinheiro
E Madrugadas onde somos alheios a dor

Musicada, seriam a narrativa de nossas vidas, contagios vís
Antítese de cotidianos não gentis
Somos agora Euro-Afro-Índio e outras efemeridades que não lhe disse
Latinas felinas, soltas, meninas de metropolitana selvageria, tais as Misses de Brasil

Povo sem cara, sem rosto, povo de movimentos alegóricos, de máscaras
Fevereiro me levanta, me esbanja, me encanta
Ao fim, sem dó ou piedade, de verão que revoo mais alto num sonho forte e bom
Luzes que romperam minha varanda, Pedras que são alma para o chão

Nada, de ti, me leva
Me espero... sou criança que se reinterpreta
Menino que cresce
Moço que ama

Homem de barba
Senhor que, não só apenas, dança

Eu mesmo... em vida
Eu mesmo... em sonhos de criança

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