segunda-feira, 24 de março de 2008

Numa Galáxia

Sei amar, sei dançar e escrever
Entender a maravilha de estar apaixonado, entender que nado. Que nada.
Que nada é esse tão grande que você deixa em mim?
Seu corpo tão duro, desse rosto forte, desse seu jeito sujo de me querer, você é bela mas me suja.
Meu olho vai borrar sua maquiagem no último abraço
Uma das tantas despedidas,duas vidas despidas, tantas desperdiçadas idas
Não sei do mistério do universo, não sei se as almas realmente voltam a Terra
Não sei se terei outro corpo, outra chance de te procurar
Dançar é meu jeito de tentar te achar
Ontem meu irmão estava compondo em seu violão, eu estava ao lado ouvindo
A beleza inatingível que é a música de um apaixonado
A sujeira que deixa um coração que é roubado
A tristeza que flui de quem morre tentando alcançar uma ilha a nado
Existem milhares de línguas no mundo para dizer amor
Existem milhões de formas para se mostrar o puro amor
Existem músicas infinitas e poemas sagrados, existem luas e auroras
Mas nem meus amigos estão por aqui, nem o vento pra me empurrar
Aqui não há vida, só eu que nado nesse mar sem fim dos versos
A vida se estende
E vadia, você mente
Me tem ,não me larga, porque eu fiz de você minha mulher
Porque faz de mim um rei e porque comigo você é o que quer
É palavra quando quero a eterna escrita dos pequenos seres humanos
É o chão quando vou morrer de tanto dançar... isso é vida
É a fruta que eu amo morder.
É a princesa que eu vou comer, em letras, em melodias, dentro da nossa galáxia.

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