domingo, 8 de fevereiro de 2009

Beijo Anti-beijo

Declaro
Sou gago
Tenho vícios
E tendo a libertínios

Jogo sujo, sem banho durmo
Odeio meio mundo
Não rio, detesto
Me quero rotundo

Aos 20, convícto de que não presto
Resolvi temer a mim
Duelo em que me fecho
Dos climas já nada honestos

Dos cinzas, das trincas, das lamas, não camas
Dos quase dramas
Pois já não servi, já "não" o antes "sim"
Frente em que não há espectro

Calada convulção convexa
Trema problema, anexa
Me assopra tormentos metálicos
Me envelopa destinos diários

Me capota aos comprimidos ótarios
Minha pupila de olhos secundários
Meu gosto e cheiro, meu espelho
Sou em cheio um erro feio

E o que trago de pior em segredo
É pois tentar, quando ao sorrir
Não te ver, de sempre fingir não notar
E tudo piora quando então supões me olhar

E da infância ela vai rir ao lembrar
Algo que tentamos
Mas não conseguimos...
O anti-beijo




14/01/09

Um comentário:

Anônimo disse...

caceta