quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O que já não é

Tempo foi
Tempo de depois
Tempo de relentos
Do que pensa sente e tenta
Do que me lembra sua mente
Em frente de ser ou estar
De tentar, ou errar ou mantêr

Vida forte, de dor e de muita cor
Pra esquecer, pra disfarçar
Só pensar não é tentar
Só tentar não é valer
Só valer não é gozar
Só gozar não é amar
Só amar não é entender
E sem entender um ao outro
Não iremos a qualquer lugar

Cansei de um mundo que hoje vou enterrar
Junto com poesias e doses de amor
Que não serviram pra ninguém

Como uma festa sem música
Como um amor compulsório
Como dormir sem notícias suas
Como não poder te explicar o universo
Como querer ir a lua

Mas hoje deixo
Tudo passar
Mundo passar
Lua passar

É só o mesmo olhar que já tivemos
Que sempre teremos
Olhar de olhar o tempo
Onde estaremos?

Onde viveremos, onde pediremos?
Onde seremos, onde teremos?
Seremos plantas que colheremos

À sós, sem voz
Por nós, sem nós
Será como um dia escrevendo
Será um dia a mais
Na Terra que criamos

Tudo sem paz

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