segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hálito de Banana (2007)

Na medida em que me levantava da cama
E ainda sentia seu hálito de banana
Percorria com os olhos seus cabelos compridos
O proletário Sol ainda se fazia frio
Minhas pernas pediam o doce café que já eu escutava sua doce mãe passar na cozinha...
Aquela mãe gorda... aquela mãe gorda, gostosa de abraçar.
Aquela gorda que eu também amava.Muito. Como se fosse minha magra mãe , que me fazia um Amargo café.

A água fria que jogo na cara me diz: ande logo rapaz, já é hora, corra... corra ...
Foi o tempo de eu te olhar mais uma vez.
Da sala bebo num gole o café, te olhando fixamente pela porta do quarto entreaberta
É a visão que eu queria ter para o resto do dia.
Na boca o gosto de café me diz: corra bobo rapaz, assim você fica pra trás; corra...
Meu tempo acabou.

Agora em pé espero o ônibus, emudecido pela apressada rotina , sabendo que é uma questão de Tempo, para que logo aquela bela visão..., logo logo no meio dessa fumaça, novamente, aquela Bela visão...
Morra.
Assim que meu ônibus chegar
Assim que sua nuvem de fumaça me disser: corra...

Um comentário:

Anônimo disse...

bonito demais
e triste, tão...
voce consegue fazer elidir o belo e de então desalinhar pruma borda triste, tão triste, e quase puro,
como sem julgos de tormenta,
sem clama de poesia, sem o chamado por ela, ela mesma simples
:)