terça-feira, 22 de abril de 2008

Pairando No Ar (num dia de terremoto)

Não há momento
O dia que passa é em forma de silêncio
A vida e o tempo
seguindo seus rumos é o que fere

Não é uma questão de desejo ou nostalgia
São caminhos e descaminhos
que completam o que sou

A moça de ontem não se levanta
Depois do amor na grama
Desfez-se do sopro de vida
E me deixou só

Para em desespero nas boas lembranças
Me lembrar em voz, em choro baixinho
Do último olhar da minha vida

As coisas estão paradas
Mas tudo morrendo
De certa forma
Inexplicável e bonita
Porque infinita

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