quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para Sereia

Queria ser um músico para te dedicar melodias apaixonadas
Ou um escritor consagrado para te homenagear com livros de amor
Quem sabe um ator ou dançarino para te encantar simplesmente
Se pudesse seria um anjo belo e perfeito e estaria em você em seus sonhos

Se pudesse queria ser o seu novo amigo, sua nova vizinha, seria seu travesseiro
Quem sabe uma roupa que você goste muito pra ter o seu cheiro, beijar seu ombro
Ou um garoto bobo qualquer, desses que se conhece num fim de noite no último dia de carnaval
Queria ser seu, pra te dar aos goles meus beijos e sugar seus olhares no escuro

Fina Flor (para Jerilee)

Pele clara cor da brancura da manhã
Fingindo-se tímida, pequena e singela
Rosa, roxa, vermelha fina flor
Um jeito único uma coisa que é tão dela

Revoada de sorrisos entre nós
Na cidade tão fria
Onde guardei a noite e dormi de dia
Onde te achei entre tantos cinzas de alquimia

Confissões de menino e menina
Dois pássaros de mundos diferentes
Você aprendendo a me entender na rotina
E eu suas fórmulas inteligentes

Ele...
Ela...
Alturas de São Paulo
E o chão de mar do Rio


Oposta beleza
Banho de calor
Brisa no frio
Curiosidade estranha que atrai

Eles brigaram
Riram
Se entenderam
Se dividiram

Hoje vivem essas crianças
Cada uma sob o sol de suas cidades
Com seus amigos e amores
Dividem ainda o querer bem

O querer infinito de uma amizade
Dois aprendizes de um mundo sem piedade
Nosso tempo foi pequeno
Foi brevidade

Mas meus amigos levo para a eternidade
De mãos dadas por tanta felicidade
Não havendo mais espaço
Para essa saudade

domingo, 27 de abril de 2008

The Good_The Bad_The Ugly

Pain for Van Gogh and his ears
Paint for William Sheakspeare and his pencil
No ending horizonts to James Dean's roads
A peacefull room to Allan Poe's rest
Collorfull flowers in Luther King's graveyard
Furious vulcans in Adolf Hitller's hell
An island for Titanic
Water for Troy's Horse
The pray of a Kamikaze's last day
Honest and pure love to old Prostitutes
The rich capitalism to Gandhi
The flavor of a Amazonical Rain
Eletrified Boys dieing in old world's dance floor's
The Christmas in Haiti and it's empty childs hand's
A quiet Baby Sitter suicide in a frozzen lake
All this is what I fell eating light
Cause I love more than I hate you

Walk Side (para Olivia)

I wanna flote above your eyes
To penetrate you by your blood
Wanna be a send in your hair
A black spot in your white face

Say my name say that you wanna...
Be addicted in my libs
Just like I'am in yours
Drink me...
Like a child drinks his chocolat

Fairy you are the waves
So I'm the ocean
I don´t have a "happy end" plan for us
But believe I'm in my way home desperede
To talk to you

Waiting to see you spelling me your strange wishes
I'm on my basement sleeping with you
In the dark side of my day
In the adorable part of the love I would say

Wake For Me (para Olivia)

In a empty moment
I was
My life give me another spin on the clock
She can´t see my world cause
The issues for we both is a real ocean
That´s not a excusse
What is art for me for her it is not

Two different life styles
Measureds in kilometer and in miles
I really don´t care if you'll not gonna be my wife
Be my best friend
Be my mirror
Be my error
Be my mortal mistake
Be my penguine scapee
Be a language that nobody speaks

Be my american virus
And I'll be your brazilian desire
I'll keep your m's in my mouth
Like a piercing fancy and cute
Just like a pink star
That shines for me overseas
In the misterious north hemisferious

Briliant like a guava
Sweet like a pearl
What kind of crazy people we are
Who talks about of missing umbrelas
For me it's just the beggining
Of a impossible love
A blind history for two young kids
In the same cruel globe across the universe

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bed In Bad Out

Don´t blame the shame
The gray field is your last view
Pray for the dirty religion of yours
Try to get in a better place

Cause the rats will drink your spirit
Like a baby dropped on the floor
Like the feeling of being forgotten
You'll never do it again

Sorry for the trouble
But I have to dial the magic number
And listen to woman calling me in the deathbed
Oh... I lost my mind again

Cinza

Preciso me concentrar
Mas minha mão trêmula...
Preciso me aliviar
Minha visão tênue

Tenho que me segurar vivo, minha chance de me acabar
Me escute antes que a vida me chute
Antes que uma nuvem mude
Ainda sou uma criança...

Que mentira sou um bandido da minha própria imagem
Sou um doente esquecido num quarto de mofos e destroços
Não sou arte
Não sou paisagem

Preciso de um alívio, um amigo...
Sou um velho sem dinheiro
Que todos desprezam pois não entendem
Que todos riem pois são maus com seus segredos

Quem é podre fede de longe
Eu te vejo com meus olhos amarelos secos
Só quero me comprimir até a morte
Com medo do mundo que só me ensinou a não saber viver

Te odeio mundo dos humanos
Te amaldiçoo porque fui um infeliz
Passei frio
E aos seus belos filhos você deu o Sol nos verões

A mim...
O desespero de morar num cemitério de emoções
Sou um pouco de cada desgraçado
Que traz à lua o lado feio das mentiras

Me deixem apodrecer vivo de olhos abertos
Pois a arte me irrita
A poesia me da falta de paz
Eu só queria colorir a vida

Mas vou voltar ao pó
Como o pó deve ser
Um preto nublado de um branco que nada contém
Que é a cor de quem não existe mais

A Lava & A Neve

Quando se sabe
Do inevitável azar
Em pedaços se descontrói
Minha nova vida

Murchou como uma flor
Mas o amor não se paga
Você ama o amor e o amor te lava
Leve como neve te lava como lava

Me leve
Me pegue
O futuro cuidará de nós

Seríamos reticências
Seríamos até uma nota muda
Como seres humanos imortais

O tempo nos escutando detrás das portas
O chão se levantou de vez

E você está morta
Me explique

A paz

terça-feira, 22 de abril de 2008

Pairando No Ar (num dia de terremoto)

Não há momento
O dia que passa é em forma de silêncio
A vida e o tempo
seguindo seus rumos é o que fere

Não é uma questão de desejo ou nostalgia
São caminhos e descaminhos
que completam o que sou

A moça de ontem não se levanta
Depois do amor na grama
Desfez-se do sopro de vida
E me deixou só

Para em desespero nas boas lembranças
Me lembrar em voz, em choro baixinho
Do último olhar da minha vida

As coisas estão paradas
Mas tudo morrendo
De certa forma
Inexplicável e bonita
Porque infinita

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Casca

Pérola
Krishna
Somero
Cosmopolitan

Goiaba
Hare
Saluton
Sun-Set

O idioma não diz o que o som canta
A palavra se completa com o fonema
Línguas não dizem nada sem as bocas
Uma poesia pode ser grande ainda que vazia

Narcotic Booty

Blondy lady
Sweet eye's
Red faces
Strip'n Strike

Caminho

Que em silêncio
Que em um Domingo
Que da mesma forma
Que o tempo nasça

Que morreria
Que eu voltaria
Que eu beberia
Que o que for que quisesse

Que nem fogo e nem calor
Que você derretesse
Que por mim morresse
Que eu não possa assim dizer-te

Que caminho será este
Que te espero ali na frente
Que em cima da ponte a gente tente
Que dali nada mais ninguém sente

Que é o amor que já veio de repente
Que o beijo é um fim e um fim da angústia da mente

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Aos Demônios do Mundo e a Você

Se de alguma forma pudesse me ver, Nelson numa peça escreveria:

"Com passos lentos e cansado trancou a porta. Deitou-se em sua cama e com o olhar triste tirou as botas. E procurou dentro de si a explicação para o sentimento vazio que ele agora entendia que tinha pelas pessoas. E acima de tudo, por si mesmo, por ter errado.
E em em razão disso ter destruído tudo que havia de alegria e de verdadeiro em sua vida."

De alguma outra forma pudesse ser Vinicíus num poema, de tantos :

"Calado do amor que me destrói
Procuro a dor
Virei dormir em profunda adimiração
Pelo sentimento que perdi

Não mais penso, só me fecho
Hei de amargar em solidão
Perdido, eu e não a vida
Perdida, a cor de seus olhos imortais

Na eternidade como um menino chorarei
Sabendo pouco e insuficientemente, da forma que te amei."

Mas não menos belo seria se fosse Cazuza no alto cantando:

"Sou covarde, sou meretriz. No meu canto vejo arte, o que te falta é ser atriz
Se me entrego eu não me nego. Não sou chiclete que se cuspa
Quero sua saliva e que me engula
Sem dor não se vive baby, mas amar mesmo é pra poucos
Só por diversão é com uns e outros."

Mas nenhum deles e nem ninguém vai ver
Eu no meu quarto
Escrevendo
Pensando em gênios do mundo
Os grandes demônios da poesia

Ardendo em febre por você
Não és Virgínia, a do Negro de Nelson
Nem a Garota, a de Ipanema de Vinícius
Não és também Bete, a do Balanço de Cazuza

Mas és tão magestosa quanto todas elas
E contrariando as leis da física seremos dois corpos ocupando um mesmo espaço
Serás minha fêmea quando serei seu macho... (diria o pornográfico)
Serás dos meus olhos o olhar e do teu cabelo serei seu cacho... (diria o saravá)
Serás meu azul codinome e serei seu amarelo beija-flor... (diria o exagerado)

Serei eu o amor



Teo / Fe

Hálito de Banana (2007)

Na medida em que me levantava da cama
E ainda sentia seu hálito de banana
Percorria com os olhos seus cabelos compridos
O proletário Sol ainda se fazia frio
Minhas pernas pediam o doce café que já eu escutava sua doce mãe passar na cozinha...
Aquela mãe gorda... aquela mãe gorda, gostosa de abraçar.
Aquela gorda que eu também amava.Muito. Como se fosse minha magra mãe , que me fazia um Amargo café.

A água fria que jogo na cara me diz: ande logo rapaz, já é hora, corra... corra ...
Foi o tempo de eu te olhar mais uma vez.
Da sala bebo num gole o café, te olhando fixamente pela porta do quarto entreaberta
É a visão que eu queria ter para o resto do dia.
Na boca o gosto de café me diz: corra bobo rapaz, assim você fica pra trás; corra...
Meu tempo acabou.

Agora em pé espero o ônibus, emudecido pela apressada rotina , sabendo que é uma questão de Tempo, para que logo aquela bela visão..., logo logo no meio dessa fumaça, novamente, aquela Bela visão...
Morra.
Assim que meu ônibus chegar
Assim que sua nuvem de fumaça me disser: corra...

O Feio Preconceito (2007)

Imperfeito
Por um estreito desajeito
Um meio sem recheio
O veio do preconceito
A cara, a grana, vale o sujeito
Macho, branco, rico bate no peito
Preto, pobre, gay sobra de escanteio
Porque se coloca tanto freio?
Porque se divide o mundo ao meio?
De pensar nisso fico de saco cheio.
Em mudanças, não sei se creio.
Pois, dois pássaros na mão é um erro feio
Quero morar de onde você veio
Quero me livrar do seu e-mail
Quero você, sua bunda e seu seio.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pra Sempre O Carnaval Acabou

Se a nossa geração não deu certo
Não deram certo a Beat e a Hippie
Não deu certo rezar
Também não vai dar certo recomeçar

Se isso te aterroriza eu fico e me sento com você no escuro
Se somos parte de uma raça humana perdida
As Guerras Mundiais e Ipanema vão entender se você chorar
Me amargo em meu espanto, quieto
Por sua espera pela Paz que só demora

Me aperto e não entendo, uma flor como você, sendo pisada, como pode
É o fim dos tempo em São Paulo, é a lírica de Caetano pelo ralo
Vivemos pouco nossas vidas, pois nossas vidas, amada, foram vendidas e escravizadas

Nunca desista, o fundo do mar no aguarda calmo e só
Até lá seguirei aos seus pés, pois te amar é a única maneira de me livrar
Da solidão que percebi que todos, um dia vamos deixar