No meu barco
Desenho um arco
Há uma preguiça fina
Nesse vento fraco
Os desenhos se fundem
E pensamentos eclodem
Dois versos e um risco, se movem
Me seco no salto intrépido das nuvens
E cada imagem que forma um rastro
Me guia marejado, e da popa que fiz, já vem um mastro
De uma bolha de meus sonhos surge cativa
Você, cabelos no vento, simples alteza, formosa bandida
Destrói tudo que criei
O verso engasga
A aquarela, tão bela vela, se rasga
Por ti foi o mundo, e já nada sei
Meu barco afunda
Num minuto minha vista inunda
Foi-se o amor nas cínicas águas turvas
No fundo do mar encontra-se meu barco
Um baú que vive aberto
Cheio de água, só que vazio de coisa alguma
É vácuo, no máximo casca
E sinto um calor, que no peito retumba
23_11_08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário